Um dos maiores pesadelos de grávida é não encontrar o médico certo, ou ficar super na dúvida se está sendo bem cuidada e assessorada. Até a grávida mais desencanada fará questão de encontrar um bom profissional e alguém que ela se sinta bem, acolhida e que tenha confiança.Não sei se vocês sabem, mas a Bela nasceu em Santos. Morávamos no litoral na época, e só mudamos pra SP (na verdade, moramos numa cidade ao lado) quando a Bela já tinha uns 9 meses. Por lá, peguei indicações das amigas e fui atendida por uma médica excelente. Experiente, querida, humana, que já deve ter feito mais de 10 mil partos na vida! Durante a gravidez eu tinha na cabeça que queria um parto normal. Olhando para trás, por mais que achasse estar preparada para isso, talvez não estivesse. Estudei pouco, me preparei pouco, e talvez o tal empoderamento tenha me faltado (ou teria me faltado na hora certa). Quando o meu médico radiologista, em uma das últimas ultras deu o diagnóstico de que tinham 2 voltas de cordão muito apertadas (e tinha mais uma coisinha negativa que não me lembro), sendo firme que não indicava o parto normal, fiquei com tanto medo que fomos naquele mesmo dia para o centro cirúrgico. A minha médica aprovou a decisão dele, e quando a Bela nasceu ela falou “salvamos uma garotinha”. Eu acredito que essa foi a vontade de Deus e sou muito feliz porque a Bela nasceu bem e deu tudo certo. (tô encurtando a história do parto, ok?) Mas, fico pensando se eu estaria realmente pronta para o que estava por vir, se realmente conhecia meu corpo.

Eu não sei como será com o Pedro, mas me sinto mais preparada e tenho estudado mais, tenho mais confiança em mim. A Bela nasceu de 38 semanas pela ultra, mas de 40 semanas e 2 dias pela data da minha última menstruação. Ficou sentada a gravidez inteira e na última semana virou. Quando nasceu, a pediatra confirmou as 40 semanas e 2 dias. Ela já estava toda descascando e tinha mecônio no líquido, ela só era um bebê pequeno (por isso na ultra sempre corrigiam). Não cheguei nem perto de entrar em trabalho de parto. Não faço ideia de como seja, mas é algo que quero sentir e se tudo der certo meu Pedro vem de parto normal.

Sinceramente, minhas expectativas não estão altas, mas a minha parte decidi fazer! Depois de umas duas semanas da descoberta da gravidez (que foi um sustinho) começou a saga de encontrar o médico em SP. Uma coisa que não gostava na minha médica anterior era o fato dela ter muitos pacientes. Como ela atendia pelo plano, as consultas atrasavam muito, e algumas vezes tinha que remarcar porque algum bebê estava nascendo. Super compreensível, mas na minha rotina atual, eu precisava ser objetiva.

A nossa família tem um bom plano, mas hoje, praticamente todas as consultas são particulares. A gente pega a notinha e pede o reembolso pelo plano. Encontramos profissionais mais acessíveis, com uma agenda mais tranquila desse jeito (e todos que temos indicação não atendem plano de saúde). Deu certo desse jeito. Mas, eu precisava encontrar um médico com o valor de consulta razoável (afinal, são muuuuuuitas consultas, especialmente no último mês) e com o valor do parto razoável também. Aqui em SP, as coisas não são tão baratas, e a gente tenta conciliar a qualidade dentro das possibilidades da nossa família, embora quando o assunto é saúde, a gente dá prioridade e coloca mais esforços nisso.

Antes de encontrar o médico, eu comecei a conversar com a enfermeira obstetra Ivanilde Rocha. Eu sabia que teria um profissional assim me acompanhando (ou uma doula). Foi indicação de 2 amigas, mas eu acabei só marcando nossa consulta pra depois das 16 semanas (que já aconteceu, mas é assunto pro próximo post). Nas várias conversas iniciais a preocupação era encontrar um médico que tivesse a linha humanizada, como é a da enfermeira, e como quero seguir. Foi aí que ela me indicou alguns nomes. A primeira médica acabou dando errado no dia da consulta. Eu tive que desmarcar por algum motivo. E, nesse mesmo dia recebi uma mensagem da Ivanilde dizendo que tinha uma médica ótima pra me indicar e que atendia mais perto da minha casa. Pronto! Marquei a consulta e fui.

Entrei em uma casa, com quintal e verde (dentro de SP), sem cara de consultório. Descobri que ali também tinha pediatra, psicólogo, fisio, nutri e brinquedos espalhados pela recepção. Tudo bem diferente, mas realmente tinha cara de casa. A clínica, que na verdade se chama Espaço Ita Wegman (segue a linha da antroposofia). Para a primeira consulta, muita conversa, perguntas, e como se a minha vida toda fosse mapeada, a Dra. Priscila entrou dentro dela. Desde o meu nascimento, infância, adolescência, namoradinhos, formatura, alegrias e decepções, religião, casamento, primeiro filho, o parto, segundo filho….. Uau! Atrelado a isso uma bateria de exames e uma apresentação de como ela trabalha, o que ela acredita e ainda por cima, uma dieta personalizada explicando o porquê de eu ter que comer tal coisa pela manhã e não comer tal coisa a noite. Eu acredito no poder dos alimentos (embora não seja uma pessoa 100% regrada) e fiquei tão feliz em encontrar alguém que também acredita nisso. Ah! E as vezes que tive alguma doencinha, complicação pequena, tratamos com remédios naturais e foi sucesso!!!

Eu amei! Mas, quis esperar mais algumas consultas pra ter certeza que estava no caminho certo (pra mim, é claro) e pra dividir com vocês também. Por aqui seguimos com a Dra. Priscila Manuchaguian. Consultas importantes, esclarecedoras, atendimento pessoal (e disponibilidade pelo WhatsApp – isso pra mim é muito importante) e muita preocupação com o bem estar físico e emocional da nossa família. Estamos confiantes, seguros e calmos. Tem sentimento melhor? Entramos na 19 semana e já já metade da gestação se foi. Por aqui, felizes em saber que o Pedro está em boas mãos.

Contem pra mim quais assuntos sobre a gravidez que vocês acham legal dividir aqui? Separei alguns e prometo não demorar muito para escrever.

Veja também: {Diário da Lore Barriguda} 1˚ Trimestre