Hoje vamos compartilhar com vocês um diário lindo de uma mãe lutadora e que crê em um milagre! Vamos acompanhar a história do Paulo, que ainda em formação foi diagnosticado com Agenesia Renal Bilateral, ou seja, ele não possui os dois rins.
Quando recebemos o relato da Heloísa nos emocionamos de primeira e pedimos para ela compartilhar com a gente. Já estamos na torcida e ansiosas para a chegada e o milagre na vida do Paulo!
Talvez essa não seja a sua história, mas pode ser de alguém que você conheça ou já tenha ouvido falar. Se nunca ouviu, então aproveite para conhecer e compartilhar, assim ajudamos umas as outras e nos tornamos fortes.
O começo de tudo
“Quando pensamos em engravidar queremos que tudo saia perfeito aos nossos olhos, né? Comigo não foi diferente. Após 3 anos de casamento, eu e o Fernando, meu marido, resolvemos que estava na hora. Após três meses sem tomar pílula anticoncepcional, descobri que estava grávida! Que alegria! Contamos para os parentes e amigos mais próximos antes dos três meses, mas depois desse período e de ter feito os dois primeiros ultrassons, anunciamos para todos. E também já fomos comprando algumas coisas para nosso bebê, fizemos o exame de sexagem e já sabíamos que vinha um menininho por aí.”
A descoberta
“Com 17 semanas de gestação, em um exame de rotina, fomos alertados que o meu líquido amniótico estava baixíssimo e que isso poderia significar que o nosso querido Paulo não tinha os rins. Tivemos que esperar mais duas semanas para realizar o exame novamente. Essas duas semanas foram momentos difíceis, mas sentimos muito o amor e carinho de pessoas próximas e até mesmo de pessoas que nem imaginávamos.
Esperamos as duas semanas e voltamos para outro ultrassom. Fiz o exame em outro local e, como o médico não sabia da história, começou o exame normalmente. Porém, na primeira imagem, já foi possível ver que eu não tinha mais nada de líquido. Por mais “preparada” que eu estivesse para ter uma notícia daquela, eu ainda tinha esperança que tudo teria mudado até aquela ocasião. Ele confirmou que realmente ele sofre de agenesia renal bilateral (não possui os dois rins) e essa condição é incompatível com a vida fora do útero.”
A decisão
“Logo que recebemos o diagnóstico, podíamos fazer duas escolhas, fazer uma petição judicial e, assim, interromper a gravidez, o que fisiologicamente seria o melhor, pois evitaria da minha barriga crescer e prolongar o sofrimento. Ou manter a gravidez e esperar por dois desfechos:
– aborto espontâneo
– ir até o final da gravidez, o bebê nascer e sobreviver por minutos ou horas
Saímos de lá com a condição de pensar com calma no que faríamos.
Enquanto minha médica falava, eu só conseguia pensar que eu não queria estar lá, muito menos tendo que tomar aquela decisão. Sempre fui contra o aborto, mas é bem fácil ser contra quando a situação não é com você. Ao mesmo tempo eu pensava que Deus me escolheu para passar por aquilo e na primeira oportunidade de mostrar na fé (creio que Ele tem o melhor para mim), eu já ia desistir.
Passei o final de semana orando, chorando, pensando, conversando com minha família e decidi que não ia abortar!
Quando contei para meu marido, que em nenhum momento me pressionou a nada, ele disse que eu não poderia ter deixado ele mais feliz e que me amava muito mais depois dessa decisão. Afinal, o Paulo já é nosso filho! Quando falamos para nossos parentes mais próximos eles também nos apoiaram incondicionalmente.”
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“Apesar de estar certa da minha decisão eu estava muita apreensiva em como seria conviver com essa situação, eu não queria que as pessoas ficassem achando que estava tudo normal e isso me deixava um pouco nervosa. Então minha super irmã teve uma ideia, me falou para fazer um Instagram para contar como estava sendo minha gravidez. Falei com o Fernando e ele topou. Com isso surgiu o @amorpormeubebe, que, além de contar para as pessoas o que tenho passado, ainda tenho a oportunidade de ajudar pessoas que estão passando ou passarão por condições parecidas com a minha.”
Rotina
“Depois que contei para todo mundo o que estava acontecendo fiquei muito aliviada. Agora, quando alguém que não sabe da história e me pergunta algo, eu não tenho mais problema em falar o que está acontecendo e isso quase não acontece porque a maioria das pessoas ao nosso redor já está sabendo de tudo.
Com isso tenho mantido minha rotina e tem sido muito bom.
Tenho ido à médica a cada três semanas para acompanhar se o coração do Paulo está batendo e para me pesar.
Sem o líquido amniótico é bem difícil de sentir o bebê mexer, mas esse menininho, além de ser um presente de Deus para nós, ainda é forte e mexe sem parar!!
Além disso, temos o apoio enorme dos nossos pais e irmãos, além de muitos amigos. Temos certeza que o que tem nos sustentado são as orações dessas pessoas. Sem elas, não seria possível passarmos por tudo isso da forma que estamos passando.
Com tudo isso, eu tenho passado grande parte do meu dia com a minha mãe, ela tem sido essencial. Na verdade, ela sempre foi, mas nesse momento ela tem me ajudado muito!! Agradeço a Deus por tê-la por perto, sei que ela sofre em ver essa situação toda, mas ela não deixa a peteca cair e isso só mostra como ela é uma mãe e uma avó especial para nós!”
Futuro
Não sabemos como será o futuro, mas de uma coisa temos certeza: Ele a Deus pertence e temos certeza que Ele vai nos ajudar quando ele chegar!! Atualmente estou de 29 semanas, seis meses, e, por enquanto, estamos aqui, orando, esperando e confiando!!
Temos sentido uma paz que só pode vir de Deus e isso nos deixa tranquilos em relação ao nosso futuro. Já nos sentimos pais desse menino tão especial, que veio para mudar nossas vidas e nos mostrar o amor de Deus por nós, entendemos que a breve vida dele tem servido para glorificarmos, cada dia mais, o nome do nosso Pai.