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{Mamãe Empreendedora} Cheia de Graça

Começamos nosso dia com mais uma história inspiradora aqui na nossa coluna Mamãe Empreendedora. Somos provas vivas de que a maternidade nos transforma e nos faz querer lutar diariamente para oferecer aos nossos filhos uma vida melhor. Muitas vezes isso vem acompanhado de recomeços, como aconteceu com a Elizangela, mamãe e empresária à frente da “Cheia de Graça”, loja de pantufas e sapatinhos artesanais infantis.

 

Tudo começou depois que minha filha ficou internada na UTI e eu adquiri síndrome do pânico e depressão.

Na época estava trabalhando já há 11 anos como comissária de bordo. Meu psiquiatra me orientou procurar fazer terapia, e uma delas incluir trabalho com artes. No mesmo tempo, sem a minha amiga saber que eu estava doente, me chamou para aprender a costurar. Comecei a fazer os primeiros saquinhos e fiquei apaixonada pelo barulho da máquina, por transformar tecido em algo super bacana para as crianças.

Comecei a fazer sapatinhos de bebê, e como na escola dos meus filhos é obrigatório o uso de pantufas, fui adaptando para o tamanho deles. Logo as crianças da sala gostaram e 2 turmas trocaram as antigas pantufas pelas pantufas que eu fazia toda colorida.
Hoje faço todo o material para as escolas Waldorf (avental, pantufas, mochilas…)

Minha grande motivação foi eu mesma, pois acreditei em mim e queria sair daquele poço sem fundo que é o pânico.

As crianças da escola e as professoras também me ajudaram muito, pois me elogiavam e as mães contavam que eles não queriam deixar as pantufas nem na escola.

 

Ainda não virou empresa, trabalho em casa mesmo e o propósito é manter assim. Existe um tempo de Deus na minha vida e hoje ainda vejo que tudo tem que ser feito sem pressa.

A marca Cheia de Graça, surgiu em inspiração à Nossa Senhora das Graças, que sou devota. Além disso, por tudo ter um encantamento, tudo é cheio de graça.

Trabalho sozinha, e meu marido que recorro quando preciso de ajuda. Até a minha filha me ajuda a tirar os alfinetes as vezes.

O ateliê fica onde era o quarto do meu filho. Esse quarto tem toda a lembrança do primeiro filho, a emoção vivida e as lembranças ainda deixadas nas paredes do quarto. Entro nele, coloco uma música para ouvir e deixo a mente fluir.

Costuro pela manhã enquanto as crianças então na escola e a tarde o ritmo já muda, pois é um mãe pra cá, mãe pra lá que não dá para concentrar.

Eu busco sempre inspiração lúdica e voltada para as crianças do universo waldorf e montessoriana. Os produtos queridinhos são as saias longas  e midi, pois hoje no mercado não se encontra fácil e o propósito é vestir as meninas como criança e não um mini adulto.

Os sapatinhos de bebê que são um charme à parte e combinado com as bandanas ou touca ficam um arraso!

E os queridinhos são as pantufas.

Quando eu conheço a criança, olho para ela e tento buscar o que me vem em mente, e isso é “batata”. As mães sempre me perguntam como eu acerto! Quando não conheço ou a venda é pelas redes sociais ou site, eu geralmente pergunto do que a criança gosta e faço uma seleção de tecido para a mãe escolher.

As inspirações vêm pela necessidade que eu vejo. Por exemplo, as saias as meninas amam, mas as mães não acham pra comprar.

O próximo passo é tornar um dia uma empresa, onde eu consiga dar empregos para outras pessoas que têm o mesmo amor por costurar e criar não visando só o dinheiro, mas o prazer em fazer algo que goste.

Meu filho é autista de grau leve, e depois desse diagnostico eu resolvi desacelerar um pouco. Então para eu conciliar a vida de mãe e empresária, eu faço enquanto eles estão na escola e à noite depois deles irem dormir. Meu marido ajuda bastante, então quando tenho uma encomenda grande ou um volume maior de pedidos, ele me ajuda ficando com as crianças.

E relaxar se a casa está uma bagunça. Se não tem janta, come pizza! Mas o final de semana é sagrado. Todo mundo junto, nem entro no ateliê.

O conselho que dou para quem tem uma ideia bacana é: se joga!!  Eu trabalhei 11 anos numa profissão que amava, mas ela não me deu o que eu consegui em 1 ano de artesã. Ficar próxima dos filhos, fazer o meu horário e ficar em casa, não tem nada que pague isso.

As mães hoje em dia se preocupam em dar o melhor para seus filhos e acabam se trancando num emprego que faz com que ela seja uma máquina, e quando se dão conta já é tarde demais.

Fazer o que gosta traz saúde, traz vida e encantamento para todos que estão a sua volta. Procure pessoas que estão no ramo, pesquise na internet e comece a fazer para as amigas, elas são ótimas para avaliar.

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Instagram: @cheiadegracamodacriativa

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Junia Lane