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Uma semana longe dela – Sofrência de Mãe

Estou escrevendo do avião com o coração apertado. Já vi mil fotos, assisti todos os vídeos do celular e a saudade é imensa. Como um ser tão pequeno, que nasceu “ontem”, já ocupa e domina a nossa vida por completo?

Nesses quase 2 anos de Bela, fiquei longe dela por 2 dias no máximo (e isso foi só depois dos 18 meses). A Bela ainda mama no peito e esse foi o limite que consegui ficar longe (além da saudade, tinha/tem a questão da amamentação).

Mês passado surgiu a oportunidade de viajar para a França a trabalho. Algo muito especial, pra fazer outra coisa que amo muito: casamento! Assim que aceitei o convite comecei a chorar imaginando como seriam os 7 dias longe da Bela! E aqui estou eu, começando a jornada, sem saber o que vai acontecer nos próximos dias.


Já sei que será corrido, o fuso horário de 5 horas não vai contribuir, mas estou na expectativa que irá passar rápido. Ah! E muito grata também porque, apesar dos pesares, existe o bendito Facetime! Todo o dia a Bela vai me ver só pra não correr o risco de esquecer a própria mãe (sim! Eu sou dramática!rs). Mas falando sério, tenho um pouco de medo da reação dela quando eu voltar. Já pensou se resolve me dar um gelo, tipo assim: “mamãe, por que você foi pra longe? Tô de mal!” Se isso acontecer vou chorar 3x mais do que chorei quando entrei do UBER a caminho do aeroporto (o motorista ficou me consolando por uns 10 minutos, rs).

Em relação à amamentação também não sei como será. Eu sinto que essa é a hora e a oportunidade certa para o desmame. Trouxe a bombinha elétrica e pelos meus cálculos, vou precisar tirar uma única vez no avião, e talvez não encha mais. (Já passaram 12 horas de voo e a qualquer momento vou explodir aqui! Ahhhh).

Conversei com a Bela antes de viajar. Contei sobre a viagem, sobre o trabalho da mamãe e que ela deveria obedecer ao papai e a tia Sandra (dããã! Claro que ela vai obedecer, afinal, a pessoa que ela menos obedece atualmente sou eu! Hunf!). Falei que Jesus e o anjinho dela estariam ao lado em todos os momentos. Ela fez cara que entendeu, rs. Ah! E teve o “tetê de despedida com direito à: “bom, mamãe” e “Bela ama tetê”.

Tenho a sensação de que um pedaço meu ficou em SP. Tão clichê, tão real. Chega a ser uma espécie de dor física quando penso na falta que ela me faz. Mas gente, tirando todo o meu drama, nesses próximos dias vou me permitir algumas coisas: comer de tudo (sem ter que esconder da Bela, rs), acordar tarde porque ela não vai pedir “tetê” do outro quarto, e vou passar alguns dias sem a preocupação constante: “o que ela vai comer? Será que já está na hora da soneca? Bela, obedece a mamãe! Não mexe! Primeiro o brócolis, depois o macarrão!”

Sentimentos confusos, eu sei. Ao mesmo tempo que tem saudade, tem liberdade. Vou oscilar de humor umas 10x ao dia, mas vou aproveitar (mesmo sendo viagem de trabalho). Ah! Sei também que daqui uns anos a Bela vai ter orgulho da mamãe dela!

Hoje é apenas o primeiro dia. Depois eu conto se eu consegui aproveitar mesmo e se deu certo o desmame.

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1 comentário

  1. Loren, eu garanto que ela entendeu. Eles entendem tudo! Nós que os queremos pequenos e dependentes de nós… Orgulho de você? Com certeza, você é uma excelente mãe! E te esquecer jamais. Amor verdadeiro nunca é esquecido. Saudade de vcs!

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Junia Lane