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Testando a Paciência da Mamãe

Tudo o que eu entendia sobre paciência até hoje significa NADA baseado no que eu tenho vivido atualmente… Sempre ouvi e sempre falei sobre esse assunto, mas era sempre aquela coisa bonita, leve e romantizada, sabe? A teoria e a prática são coisas completamente diferentes.

Me sinto testada diariamente, o dia todo. Parece brincadeira! Como um bebê de apenas 8 meses (sim! A Chloe completou 8 meses esses dias) consegue te desafiar e testar desse tanto? Bom, se você não é mãe (ainda) talvez não entenda realmente e até me critique, mas se você já vivenciou a maternidade sabe exatamente do que eu estou falando. E deve até estar mentalmente me dizendo: “tadinha! Só está começando…”

Minha filha consegue:

  • Quando ela não quer alguma coisa, não adianta tentar provar o contrário para ela. Ela faz birra até conseguir. Depois abre o sorriso mais lindo do mundo! Golpe baixo.
  • Dorme durante o dia apenas quando quer, às vezes nos faz repetir o processo do sono umas 4 ou 5 vezes até se render.
  • Ela sabe o que não pode. Já entende o NÃO, tanto é que quando faz o errado olha pra gente esperando a gente dizer algo. Ou seja, ela me testa mesmo!
  • Mas, o momento que me sinto mais desafiada, é na hora da comida! Sabe, eu achei que seria moleza, que eu iria tirar de letra! Tem dias que realmente são assim, incríveis. Ela come tudo, gosta e repete. Mas, recentemente, preciso pensar numa logística, desde colocar na cadeirinha, momento que ela já fica durinha, se jogando para trás, ou seja, uma luta, Depois, preciso pensar na interação dela com muita conversa, gracinhas, cantar também entra na dança, mostrar a comida, sempre coloco uma parte dos alimentos para ela conhecer, experimentar e jogar para o alto (fato!), e outra metade fica no pratinho dela e vou dando na boca. E quando nada dá certo, tentamos algum videozinho no youtube, mas nessa hora ela come menos ainda, por prestar atenção no que estiver assistindo. Ela pega a comida e esfrega no cabelo, no rosto, joga no chão, bate a mão na colher e faz com que a comida ganhe asas, e voe pela sala.

Já viu alguém engolir a paciência? Prazer, sou eu.

Te dizer que eu não perco a paciência? Não espere isso de mim!

Nunca precisei guardar o que achava , sempre fui sincera para falar o que pensava, e agora, me vejo engolindo, contando de um até mil, não demonstrando… Ahhhhh!!!! Queria dizer que nada me abala, que nada que a Chloe faz me atinge, mas sabe de uma coisa, isso seria impossível! Ela é a pessoa que eu mais passo tempo, que eu mais luto para estar bem, feliz e satisfeita… Todos os meus esforços, toda a minha força e toda a minha vida no atual momento está focada nela, logo, quando as coisas não são como gostaria, eu preciso lutar contra a minha natureza para que ela não tome conta da situação.

Posso dizer que perder a paciência não é o problema, não espere isso de uma mãe. Saber o que fazer que é o importante, o principal, o ponto de equilíbrio.

Eu quero sempre ser forte, não com a Chloe, mas comigo. Quero mostrar com o tempo, para mim mesma, que ser mãe é maior que o meu cansaço, que meu temperamento ou minhas manias. Ser mãe é renunciar a tantas coisas, inclusive esbravejar, brigar, descontar nos filhos… Que eu consiga vencer esse gigante o dia todo, todos os dias.

Como você tem lidado com a paciência e criação dos filhos? Tem conseguido? Já perdeu a paciência ? Conta, pra eu não me sentir sozinha…

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15 comentários

  1. “Eu quero sempre ser forte, não com a Chloe, mas comigo.” é exatamente isso! Ser mãe é um morrer cada dia – e sim eu super achava isso exagero, mas não podemos ser nem um pouco imaturas. Pq com marido tem aquele dia q estou sem paciência e vou sim ser egoista. Com os filhos não tem como!

    Acho q nada nos torna mais cristãos do que passar pela maternidade.

  2. oi , bem difícil não perder a paciência e algo que tbm tenho lutado bastante, meus gêmeos, tem quase seis meses, e ja sabem que a mamãe aqui sede a quase tudo , sei que não ta certo , mas as vezes não consigo, não perdi a paciência ainda, mas é uma luta diária e bem difícil, lendo ja penso nos oito meses, mas Orando muito e conversando vamos aprendendo juntos. aqui meu maior problema é a hora de dormir.

    1. Oi Jessica! Nossa, você é muito paciente então, parabéns!! haha
      Com uma já está difícil, imagina com gêmeos!!!! Muita garra!
      Está super certa, somente com Ele é que temos força para aguentar esses pequenos “brincando” com a gente!

  3. Com esse negócio de ser muito difícil a hora da comida: aqui em casa também era assim, ai agora estou só no método blw (que eu acha que ia ser muuito mais difícil dela comer, que ia só jogar a comida pra todo lado) mas ai ela começou a comer muito melhor (minha bebê tem 7 meses e meio). Acho que a gente fica mais ‘livre’ também, ja que não tem aquela pressão pro quanto que o bebê vai comer, e eles se interessam muito mais pela comida e se alimentam melhor. Fica uma dica pra você testar por ai 😉

  4. Me identifiquei totalmente. Quando via uma mãe perder a paciência com um bebê achava que era uma louca, mas hoje eu sou louca também..kkkk… Minha filha tem 6 meses e me tira do sério e sei que muita gente vai dizer não, mas ela sabe que o que está fazendo. Tem vezes que saio e deixo ela sozinha ou com pai, coloco a cabeça no lugar e volto. Ser responsável por outra pessoa não é fácil e saber que cada atitude minha vai influenciar na vida me ajuda a não perder o controle. Só muito joelho no chão mesmo pra nos ajudar.

  5. Oii Junia
    Vou te indicar um livro que tem me ajudado muito “Sem tempo para Deus” Glória Furmann.
    Vale a pena cada página lida, tem me trazido refrigério em meio ao dia a dia corrido e muitas vezes estressante da maternidade!

  6. Como ela só tem 8 meses, tenta não se preocupar tanto… ela vai brincar mais do que comer de fato. Tem um livro que indicam muito do pediatra Carlos Gonzalez (meu filho não come). E essa época é teeenso mesmo colocar pra dormir, mas uma hora as coisas se ajeitam. Rsrs ;*

  7. Este blog é um acolhimento, um abraço de mãe para mãe, cheguei cá pela publicação de amamentação e estou a uma semana devorando o vosso conteúdo. Que famílias incríveis, obrigada por compartilhar as vossas histórias (e terem tempo para tal),não sabem o quanto o conteúdo tem nos ajudado,. Com carinho Amanda e Fernandinho (que completou seu primeiro mês recentemente) de Viseu, Portugal.

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Junia Lane