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Seu Filho Não é o Centro do Universo – Educação Infantil

Esses dias fui estudar um pouco sobre essa fase que estamos lidando com a Chloe, que é sim cheia de drama, choro, algumas pirraças e muita descoberta! Eu digo descoberta porque realmente é tudo muito novo, e definir sentimentos, entender as situações, é um grande desafio para ela. Mas o maior desafio eu acredito que seja meu, como mãe, explicar com muita sabedoria que ela não é centro do universo.

Um pouco contraditório, afinal de contas, nós como pais colocamos nossos filhos como centro do universo mesmo, até porque eles são! Hahahaha, mas à medida que eles vão crescendo precisam aprender a olhar menos para si e mais para o outro.

Eu amo a minha pequena e não quero que ela tenha dúvida disso em momento algum! A felicidade e o bem estar dela foi, é e sempre será minha prioridade. Mas quero que ela amadureça emocionalmente e socialmente. Ela precisa entender que é AMADA, VALORIZADA, mas existem outras pessoas no mundo que são importantes além dela.

Se colocar no lugar do outro, zelar pelos sentimentos, bem estar e felicidade dos amiguinhos e família é algo que deve ser colocado no coração dos nossos pequenos desde já! Esses dias, lendo um dos meus livros de educação infantil fiquei impressionada com a mensagem poderosa sobre esse egocentrismo:

“Se você criar seus filhos egocêntricos, eles nunca terão um casamento feliz. Sempre brigarão com as pessoas no trabalho. E ficarão frustrados por toda a vida. O melhor presente que você pode dar a seu futuro genro ou nora é um cônjuge que aprende a colocar as outras pessoas em primeiro lugar.”

Quanta influência exercemos sobre a felicidade, satisfação, frustração e relacionamentos dos nossos filhos!

Nossos filhos vão sempre tentar dominar a situação, testar e verificar os limites que eles têm! E acredite, por experiência própria, eles vão conferir quem têm o poder: eles ou nós.

Esses dias a Chloe queria ir para a rua a qualquer custo; ficou choramingando, tentei explicar que o vento estava muito forte e não teria como. Depois ela aumentou o tom do chorinho que se tornou um berreiro só, com direito a deitar no chão! O que fazer? Deixei chorar, não dei bola, saí da sala e fui adiantando algumas outras coisas para que ela entendesse que aquele comportamento não mudaria as coisas.

“O simples fato de seu filho não estar feliz, não é uma razão suficiente boa para você rearranjar sua vida de modo a facilitar as coisas para ele.”

Aquele choro todo era por:
1. Não saber lidar com uma situação difícil, onde a vontade dela não estava sendo feita e não sabia se expressar;
2. Ao mesmo tempo era um desafio “mamãe, você vai fazer o que eu quero que você faça”. Aquela tal luta pelo poder que comentei anteriormente.

FICAR CALMA é a minha primeira dica, e uma das mais desafiadoras! Eu já vi mãe calma por fora, mas o bicho por dentro! Não adianta, saiba que seu filho sente! Realmente tente não se abater, você tem o controle. Diga as coisas com firmeza e sem braveza (seu filho é uma esponja, está aprendendo tudo!).

Se puder saia da cena com a criança, mostre outras coisas para que ela se acalme e você também!

SAIA DE PERTO para que seu filho entenda que não vale a pena. Desmotive aquele comportamento de chamar a atenção! Ele precisa entender que as coisas não são do jeito dele sempre.

NÃO NEGOCIE. Essa é a dica que eu aprendi lendo, porque fiz muito! “Se você parar de chorar, mamãe vai te dar um presente” Não! Não é condicional, e nem discutível. Haverá algum momento que você não terá a moeda de troca, entende?

Quando seu filho age dessa maneira, ele termina por lhe dar um grande presente. Está dando a você a oportunidade de mostrar a ele que, quando você diz NÃO, você quer dizer NÃO. Se ele quiser fazer-se de tolo na frente de estranhos, pode seguir em frente. Ele pode dizer que está no controle, ou pelo menos fingir que está por cima, mas se você permanecer firme, calma e controlada, ele não conseguirá.

NÃO DEIXE SEU FILHO DAR AS ORDENS. Não é preciso ter medo de seu filho. Não discuta, se acalme e seja o adulto que você já é. Lembre que você tem o poder! Já o seu filho tem é o poder que você decide conceder a ele.

“Você não pode permitir que seu filho dê as cartas em seu lar. Se você der as rédeas, eles nunca mais largarão: vão conduzir você pelo resto da vida.”

Ps. Não tenha vergonha se tiver plateia. Mantenha a calma, a sua posição de autoridade e saiba que a plateia conhece o comportamento de crianças (fique tranquila!), só descobrirão quem manda na sua casa.

Provavelmente você já passou por momentos desafiadores, que precisou muito dessas dicas que talvez tenha perdido o controle ou que foi forte… Compartilhe com a gente!

Veja também:
Expectativa dos pais X Expectativa dos filhos
Testando a paciência da mamãe
Cadê a minha moral?
Direitos Essenciais para o Desenvolvimento na Infância

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2 comentários

  1. Olá, já acompanho o blog há algum tempo, sou solteira e não tenho filhos, mas esse assunto muito me interessa. Gosto bastante das dicas de vcs, no entanto nesse post em especial me incomodou um pouquinho as dicas de ensinar a criança a por o outro em primeiro lugar. Também sou cristã e sou ciente de que devemos amar o próximo como a nós mesmo, mas em muitas situações somos ensinados a por o outro em primeiro lugar e na vida adulta nos tornamos pessoas que se anulam em troca do bem do outro, em certas situações somos invadidos por esse mesmo motivo.
    Ex. Uma criança toma o briquedo da outra (supernatural isso na infancia), é comum os pais falarem pro filho algo como, “deixa o coleguinha brincar um pouquinho”, e está decidido, a vontade do filho é ignorada pq quase nunca questionam se ele autoriza. Nestas situações penso que o adulto anulou a decisão do filho de não permitir o outro brincar com o seu brinquedo. Na vida adulta reproduzimos isso com frequencia, algo negativo acontece e nós simplismente permitimos, pq fomos ensinados que o “coleguinha” pode fazer aquilo “só um pouquinho”, porém esses pouquinhos vão nos tornando invisiveis sabe?!
    Falo isso pq sempre fui ensinada a ser boazinha, colocar o outro em primeiro lugar, e hj me vejo com dificuldades de impor minhas decições, e quando consigo, me sinto egoista.

    Acho que um post sobre esse assunto seria bem legal!

    Bjs meninas!

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Junia Lane