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{Rádio Lápis de Mãe} Como Lidar com Birra em Público

Toca aqui meu povo!
O programa de hoje é respondendo ao que vocês indagaram.

Vira e mexe vemos crianças esperneando, fazendo birra por não terem conseguido aquele treco.
Se jogam no chão enraivecidas, dando pontapés e chorando. Matam os pais de vergonha.

Sem saber se somem ou se ficam por perto, os pais BAJULAM, na tentativa de que a cena termine logo. Não resolvendo, em segundos, alguns pais GRITAM, mostrando autoridade para fazer o “fruto do seu ventre” voltar à normalidade. Ô dó!

Esse tratamento – que alterna GRITO E BAJULAÇÃO – apenas incentiva as birras a se tornarem mais elaboradas. Se você dá ou compra rápido o tal treco só para terminar com o vexame, a criança aprendeu que quando ela faz birra, ela conquista.
“Wow, consegui um jeito de ter a ‘trecaria’ toda que quero!”

Da próxima vez, o “fruto do vosso ventre” faz o mesmo, porque viu que funciona e faz de novo confiando que vai ganhar um treco novo como anteriormente.
A criança ainda não aprendeu a se expressar, argumentar e explicar que gostaria de ter aquele treco, então usa esse mecanismo da birra.

Lá em casa tínhamos uma conversinha prévia, bem explicativa:
– Ei meninas, não temos dinheiro. Só vamos passear, e o dinheiro que está aqui é para um suco porque o sanduíche tá aqui na bolsa.

A birra da Lorena, na grande maioria, era por causa da Barbie. Levei ao conhecimento dela os dois caminhos pra ela ter a coleção da Barbie:
1- As primas enjoarem e mandarem uma doação OU
2- Encontrarmos uma etiqueta 70% off no brechó (trift shop). “Sabedora” disso, a birra era controlada.

Devagar ela foi adquirindo, e na pré-adolescência completou a coleção. O problema foi para se desfazer, daí eu fiz birra. Lore já estava adulta, quase pra se casar!

Já a Junia fazia birra quando estava com fome. 99% da birra sumia depois de um prato de comida. Sanduíche digeria muito rápido! Risco de birra tempestuosa.
Junia fazia birra por treco de gente grande. Maquiagem completa. Coisa que nem eu podia ter ainda. Sapatos: muitos e com salto. Roupa de mocinha, perfume, bolsas. Brinquedo dela era patins.

Na época de cantora infantil, ela fazia um show com microfone em mão, porém ela emburrava quando tinha que gravar e o pai pedia pra ela repetir a mesma frase algumas vezes. Não queria! Ô guriazinha birrenta.

Então, quando enfrentando birra, olhávamos nos olhos delas (encenando uma calma) e, com amor, explicávamos que não poderíamos continuar no modo “terremoto”. E quando a “conversa calma” não resolvia, avisávamos bondosamente que o passeio havia acabado. Toda família buscapé caçava o rumo de casa.

Vale a pena interromper o shopping, o passeio, a festa e ir embora.
Quem diz para criança que a birra é forma de comunicação e que tem eficiência…SOMOS NÓS!

Rádio lápis de mãe, respondendo ao que você indagAR.
Birrento quer o meu dia estragAR, quero tanto te EsmagAR.
Você quer me ver naufragAR.
Vou te afagAR, te amAR, mas não vou te dAR…
Enquanto a birra não passAR.
Bora propagAR o programa #sabedo-riAR, aquele treco que você espera entrar no AR .
(cantei um Rap) hahahaha

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Junia Lane