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O Pai da Margô – Registrando e eternizando cada momento

Hoje é dia de compartilhar o amor de um pai atencioso e muito coruja: o Raoní, pai da Margô!

Ficamos impressionadas com o amor dedicado em cada foto que o Raoní (o fotógrafo famoso Raoní Aguiar) faz da pequena Margô e foram essas fotos inspiradoras que nos fizeram enxergar o pai apaixonado por sua garotinha! Imaginamos a Margô crescida toda orgulhosa das fotos de infância.

O relato do Raoní é emocionante! Uma dose de inspiração para nossa semana! 🙂

Colocar em palavras um pouco da Margô não é uma tarefa fácil para mim. Sou do tipo que prefere sentir. E quando sinto alguma coisa que me emociona e me faz querer compartilhar aquilo, querer contar para alguém, eu fotografo. Mas prometo fazer o meu melhor aqui no Lápis de Mãe.

Quando decidimos ter a Margô sentíamos que estávamos preparados. Já tínhamos mais de quinze anos de relacionamento, pouco mais de 30 de idade, nossa casa, dois gatos crescidos e plantas saudáveis. Ter a responsabilidade de preparar alguém para encarar a vida é um peso, claro, mas confesso que não bati muito nessa tecla. Passava mais tempo pensando na companhia que teríamos para as nossas aventuras. Queria saber quem ela será. Se terá manias e quais elas serão. Se vai rir das minhas piadas ou se eu é que rirei.

A gravidez foi tomando forma eu ficava curtindo esses meus pontos de interrogação. É claro que eu sabia que tinha uma menininha ali, mas acho que, para o homem, dentro da barriga tem sempre um outro ponto de interrogação. Uma promessa que se cumpre em 9 meses. Nosso corpo não muda, nossa barriga não cresce, ninguém nos chuta por dentro. Para nós, a gravidez é sempre menos concreta.

Achando que passa rápido ou devagar, o fato é que 9 meses passam para todos. Rebeca, a mãe da Margô, não aguentava mais o peso da barriga, enquanto eu não aguentava mais de vontade de conhecer minha filha. E fomos nós quatro para a maternidade: Rebeca, eu, Margô e a câmera. Não sabia se conseguiria fotografar e ser pai ao mesmo tempo, mas até que deu certo! Nasceu uma menininha linda, cabeluda, toda amassada e com cara de perdida. Que sensação deliciosa finalmente conhecer minha filha, poder reparar naqueles dedinhos com unhas minúsculas, ouvir sua respiração!

Realmente foi uma coisa bem mágica, mas no fundo eu sabia que aquilo era só o começo. Eu sabia que ainda não tinha me encantado com o primeiro sorriso, não tinha comemorado a vitória dos primeiros passinhos, nem me surpreendido com a demonstração dos primeiros traços de personalidade. Como ela gosta de música! Quem poderia imaginar?! Mal aprendeu a sentar e já sabia se balançar. Acho que foram nossas danças ao som de ‘A Place in the Sun’ do Stevie Wonder, rodando e rodando numa intensidade talvez não muito recomendada. Ou pode ter sido pelas tantas noites de sonos ninados ao som de uma versão bem lenta de ‘Chim Chim Cher-ee’. Ou se é porque ela simplesmente gosta de muito música, nunca vou saber. Só sei que fiz minha parte, que apresentei o meu melhor repertório e que ela definitivamente adora ‘Starman’ do Bowie.

Desde os primeiros segundos de vida, Margô conhece o som de uma câmera clicando. Isso já faz parte do nosso dia-a-dia, porque o que realmente busco é isso: a beleza do dia-a-dia de pessoas de verdade. Não fico criando muitas situações ou montando cenários exclusivamente para fotografá-la, mas tento sempre estar atendo à beleza da cena. Poucos domingos atrás estava calor e a brincadeira foi colocar a banheira na varanda e jogar água para cima. Que luz tinha aquele fim de tarde! Noutro dia, a soneca da tarde foi invadida por uma fresta de luz da cortina mal fechada e iluminou o coelho sem o qual ela não dorme bem embaixo do bracinho dela. Lá fui eu, mais uma vez, clicar com todo o cuidado para não acordá-la. E assim são os nossos dias. Acho que ela deve pensar: “Bom, cada um com o seu brinquedo. Se ele gosta de ficar fazendo click, deixa ele.” rsrsrs

Uns chamam de fotografia lifestyle, outros de fotojornalismo, mas não importa. Se tem alguma coisa que posso deixar de recomendação para as leitoras do Lápis de Mãe é não esperar a hora certa de fotografar o seu filho. Fotografem ele acordando numa segunda-feira, ele fazendo pirraça numa terça ou brincando com o brinquedo preferido numa quarta. Fotografar é uma forma de criar memórias e são essas fotos registradas com todo o carinho que eles levarão para a vida. Essas são as memórias que vão ficar.

Um grande beijo!!!

Raoní Aguiar

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Junia Lane