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{Desabafo de mãe} Uma mãe de palavra

Aprendizado de mãe: cumpra tudo que você disser, por mais doloroso que seja.

A birra anda comendo solta por aqui, é claro que posto pouco, caso contrário vocês veriam todos os dias a mesma coisa, mas a verdade é que o negócio está bem desafiador.

Difícil não trabalhar com ameaças e/ou promessas. Difícil porque essa parece ser a linguagem dela, na realidade a única que ela entende ou que consegue convencê-la.
Trocar uma coisa por outra é tanto nas situações positivas quanto nas situações negativas! Prometer ações ou coisas tem sido nossa linguagem mais comum atualmente!

Agora penseeee se eu prometo que amanhã iremos na piscina e o dia seguinte amanhece chovendo, é meio difícil fazê-la entender, certo? Lembrando que não prometi piscina em troca de algo, viu? Apenas prometi porque eram dias de sol.

Simmm! Preciso tomar mais cuidado com as coisas que prometo! O ideal mesmo é pegar, fazer e ponto. A última coisa que eu prometi foi que se ela não parasse de gritar comigo eu sairia do quarto dela e ela ficaria sozinha lá! Repeti a promessa, falei que ela não precisava fazer toda aquela birra e que poderia se acalmar e pedir as coisas “por favor” e, se ela continuasse eu teria que ir embora.

Esperei alguns minutos e percebi que eu cumpria minha promessa OU minhas palavras não teriam mais poder algum. E uma coisa que eu não quero perder perante a minha filha é a minha palavra. Se eu falo que vou fazer, eu vou lá e faço; se eu falo que vou dar algo, eu vou lá e dou; se eu falo que vamos pra piscina, vamos nem que seja pra olhar.

É nesse momento que o respeito e a confiança são fortalecidos e ganham raízes profundas!
Saí do quarto, cumpri minha palavra, nem eu e nem ela acreditávamos que eu faria isso. Fiz triste, mas fiz! Fiquei do outro lado da porta arrasada, ouvindo agora o choro verdadeiro da minha filha e os gritos reais chamando “mamãezinha vem! Já passou mamãezinha! Por favor mamãezinha!”
Já passou? Como assim já passou? Então, ela sabia e muito bem que estava fazendo algo que não deveria fazer e que exatamente deveria ter passado!
Fiquei em silêncio. Só ouvindo! Ela chamou pelo “papaizinho” e o pai entrou e perguntou pra ela o que tinha acontecido, bateu um papo com ela e depois disso os dois me chamaram! Eu reforcei que eu não iria tolerar aquele tipo de comportamento, que ela precisa aprender a conversar sem gritar e sem chorar e todo aquele discurso que vocês já podem imaginar!
Ela falou: “combinado mamãe! Desculpa.”

Bom, com certeza teremos outras birras, gritaria e chororô, tudo isso fará parte e não conseguirei mudar de uma vez, mas tenho certeza que ficou marcado no coração dela que eu posso ser amável e doce mas minhas palavras merecem respeito e obediência.

Que Deus nos ajude a sobreviver a cada etapa e a cada birra nos dando inteligência emocional para lidar com tudo isso! Às vezes o esgotamento é tão grande que a vontade é de escolher o caminho mais fácil, ser permissiva ou até mesmo de adiar essa parte de educação! Mas que possamos nos lembrar que tudo que plantarmos nessa fase colheremos com sucesso para o bem ou para o mal.

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1 comentário

  1. Bem vinda aos 2 anos! Por isso falo que a lua de mel é até os 2. Pq depois disso, com a cominicação mais presente, eles percebem e exaltam suas vontades de uma forma mais ativa, agressiva, birrenta etc…

    Não gosto nem um pouco da palavra “obediência”. Não acredito nela e nem na relação construída a base dela. Quero Jojo questionadora, de mim, do mundo, dos políticos, dos namorados, amigos etc. Da mais trabalho criar filho com senso crítico do que obediente? Sim! Mto mais! Mas o resultado será, com certeza, um ser humano melhor, capaz de fazer a diferença no mundo.

    Como diria Steiner, não existe educação e sim auto-educação. Todos os comportamentos deles, nos refletem de alguma maneira. Se queremos mudar neles, mudamos primeiro em nós!

    Boa sorte! A doçura dessa menina linda está presente justamente em ser quem ela é! ❤️

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Junia Lane