Se você tem animais de estimação e filhos pequenos, ou se os seus filhos estão sempre pedindo um cachorrinho ou algum outro animalzinho, provavelmente algumas perguntas e dúvidas vêm à mente: “Será que meu filho já tem idade suficiente para ter um animal de estimação?”;  “Existem riscos, benefícios? Quais são eles?”.

Hoje, estamos compartilhando alguns benefícios que os animais trazem para as crianças, especialmente os cachorros, além das precauções que vocês, papais, devem avaliar antes de pensar em dar o presente mais fofo do mundo para seu filho.

3 pontos a se pensar antes de adquirir o animalzinho:

1. Para aqueles que ainda não têm e estão pensando em adotar/comprar, a primeira coisa é saber que  ele não é um brinquedo daqueles temporários! Cachorros duram em média de 13 a 18 anos, ou seja, uma longa vida. Ele irá fazer parte da história da família e se tornará um membro dela, como se fosse outro filho! Pensem com carinho e muita cautela.
2. “Quem vai cuidar?”; “Você terá tempo para passear com ele?”; “E as ‘necessidades’, quem vai limpar?”. Talvez esses sejam os fatores que mais pensamos quando o assunto é responsabilidade para com o animalzinho. Apesar de ser um ótimo amigo, os cachorros não são independentes e precisam dar um passeio todos os dias – caso você não more em casa – ou necessitam de alguém para manter seu espaço limpo. Além disso, é você quem vai ter que comprar a ração, levar ao veterinário, dar banho e até controlar os horários da comida e do tal passeio. Não espere que a criança faça isso! Ela pode até participar desses momentos, mas esse não é o tipo de responsabilidade que se pode esperar dela.
3.  É importante também saber os gastos que você terá com o novo companheiro da família. Quando filhotes, os cachorros precisam fazer visitas ao veterinário pelo menos uma vez ao mês para as vacinas. Além disso, têm os famosos mimos: brinquedinhos, cama, pratinhos, roupas, coleiras… E os gastos mais comuns e frequentes, como: ração, banho, vacinas ao decorrer dos anos, vermifugação e adestramento.

Benefícios:

– Os animais desenvolvem um sentimento afetivo e de aprendizado à criança:
Segundo a psicóloga Natércia Tiba, especializada em crianças e adolescentes, o convívio com animais é muito saudável porque “ela irá exercitar o senso de responsabilidade. Além disso, passará a trabalhar sentimentos como a autoestima, a alegria, a tristeza, a frustração, a tolerância e a compreensão.”
Com isso, as crianças, principalmente as pequenas, criam uma percepção de cuidado e responsabilidade pelo bem-estar do animalzinho e, por consequência, dos outros à sua volta.

– As crianças passam a ter menos crise de ansiedade, estresse e nervosismo: 
Não há como negar que crianças que convivem com cães passem dias mais felizes e divertidos, não é verdade?!
Cachorro + criança é a combinação perfeita de dois fatores atrativos, assim como começar um papo no parque e fazer novos amiguinhos. Além dos passeios externos em família, o animalzinho consegue reunir todos na hora da brincadeira dentro de casa e ainda ensina o respeitar o espaço um do outro. Na hora da comida, por exemplo, a criança saberá respeitar o espaço do cão e seu momento, caso contrário ele pode ficar nervoso.

– Diminuição do risco cardíaco:
O animal estimula as atividades físicas através das brincadeiras, das corridas e dos pequenos passeios que as crianças farão com ele. Segundo pesquisas da Associação Americana do Coração, o sistema cardiovascular da criança estará trabalhando, tornando, assim, esses momentos saudáveis não só para o animal mas para a criança também.

– Fortalece o sistema imunológico:
Diferente do que pensamos, crianças que mantêm mais contato com cachorros são menos propensas às doenças respiratórias infecciosas. Um levantamento feito por pesquisadores do departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo confirma a melhora da imunidade de bebês e crianças que têm contato com cachorros. Segundo os pesquisadores, a companhia de um bicho reduz as chances de desenvolverem resfriados, problemas estomacais e dores de cabeça. Tudo isso acontece porque os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, aumenta em contato com o animal fortalecendo o sistema imunológico.

– Melhora da leitura:
Estudos da Shelter Buddies Reading, um programa no Missouri (EUA) que convida crianças a lerem para cães abandonados, mostram que, ao escutarem a voz das crianças, os animais tímidos podem relaxar, enquanto os hiperativos se acalmam. Além disso, os pequenos também treinam habilidades como a leitura e exercem a empatia. Com isso, pensam estar lendo histórias reais para o animal, esquecendo-se do seu próprio aprendizado. Dessa forma, o estímulo torna-se completamente satisfatório para ambos.

E qual a idade ideal para se ter um cãozinho em casa?

Segundo a Revista Crescer, antes de decidir ter o animal, espere que as crianças desenvolvam uma maturidade motora e também um grau de entendimento. Essa última parte é fundamental para que seu filho perceba que o animal de estimação é parte da família, por isso não deve ser maltratado. “Crianças a partir de 4 anos compreendem melhor a situação e as regras”, diz a pediatra Milena de Paulis, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
Se vocês já têm o animalzinho, basta preservar os cuidados básicos, como evitar as brincadeiras mais brutas, ter cuidado com os pelos pela casa (caso ele solte muito pelo), repreendê-lo quando vier correndo… No momento das brincadeiras, os animais muitas vezes  não têm muita noção do seu próprio tamanho e se empolgam, esquecendo os cuidados com o bebê ou criança.

Conta pra gente um pouquinho da experiência de vocês?
Como foi a relação dos seus animais com as crianças?
Para quem não têm animais em casa,  quais são as maiores dúvidas?

Estamos curiosas!:)